Há algumas semanas elaboramos um texto sobre os impactos da pandemia em grandes eventos. Nesta versão, após encerrado os Jogos Olímpicos e iniciado os Paralímpicos, a proposta é informar como o contexto da pandemia influenciou as Olimpíadas de Tóquio 2020.

Em março de 2020, logo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado o estado de pandemia em decorrência da contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19), o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou o adiamento da 32ª edição do evento para 2021, com a realização das Olimpíadas seguindo rígidos protocolos de segurança praticados no mundo.

Mesmo diante da necessidade de adaptações em decorrência das exigências sanitárias, a Chama Olímpica permaneceu no Japão desde 2020 e o revezamento da tocha foi retomado em 2021, com um ar menos festivo, mas respeitando a tradição Olímpica. Cabe ressaltar que, como a maioria dos eventos adiados ou adaptados, uma das grandes preocupações foi a manutenção dos contratos de patrocínio e exposição das marcas.

Embora as  Olímpiadas de Tóquio 2020 tenham ocorrido somente em 2021, optou-se por manter a marca “Tokyo 2020” e a identidade visual a ela relacionada. O motivo é compreensível, e a indicação do ano de 2020 ao lado da cidade-sede ultrapassa a referência temporal: é uma marca que já foi registrada e está sendo usada desde que Tóquio foi escolhida para sediar o evento, em 2013, para firmar contratos de patrocínio, licenciar direitos de transmissão, comercializar produtos, entre outros.

Protocolos

Os protocolos das Olimpíadas foram muito adaptados para as medidas de isolamento da pandemia. A mudança mais substancial foi a ausência do público externo, com estádios vazios durante a transmissão dos jogos. Ainda, as medalhas deixaram de ser entregues aos atletas, como era a tradição, passando estes a se autopremiarem com a condecoração recebida.

Os atletas fizeram diariamente testes para evitar a contaminação, e, na hipótese de resultado positivo, o isolamento era obrigatório, sem chance de participar dos jogos.

Em caso de descumprimento de algum dos protocolos exigidos, os atletas poderiam ser temporariamente ou permanentemente excluídos dos jogos, podendo receber sanções financeiras, além de correrem o risco de serem deportados do Japão.

Contexto local

O Japão, assim como diversos países do mundo, ainda contabiliza diversos casos novos de contaminação pelo SARS-CoV-2 e suas variantes – tendo esse número aumentado no decorrer dos jogos. Por isso, foram realizadas diversas homenagens às vítimas durante as Olimpíadas, tanto nos locais de competição como no restante da cidade de Tokyo.

Além disso, no site oficial dos jogos, os organizadores disponibilizaram uma relação diariamente atualizada de casos confirmados de Covid-19 entre todos os atletas e demais credenciados.