O plano aprovado busca dotar o Brasil com uma infraestrutura tecnológica avançada, incluindo um dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo, alimentado por energias renováveis. Também visa desenvolver modelos de linguagem em português com dados nacionais para fortalecer a soberania em IA e promover a liderança global do Brasil. Além disso, pretende capacitar pessoas em IA para atender à alta demanda por profissionais qualificados.
Para isso, há a previsão de investimento de cerca de 23 bilhões de reais em cinco eixos principais: Infraestrutura e Desenvolvimento de IA; Difusão, Formação e Capacitação em IA; IA para Melhoria dos Serviços Públicos Eixo; IA para Inovação Empresarial; e Apoio ao Processo Regulatório e de Governança da IA.
Dentro do eixo 1, destaca-se algumas ações, como o estabelecimento de parcerias para desenvolvimento nacional de nós de supercomputador e chips aceleradores; compartilhamento da infraestrutura brasileira de IA com outros países em desenvolvimento; fomento à implementação de infraestrutura energética sustentável e eficiente para datacenters e instalações de IA; lançamento de editais e iniciativas de financiamento para projetos de P&D em IA; e apoio ao desenvolvimento de todas as camadas de software necessárias para aplicações de IA.
Dentro do eixo 4, destaca-se: criação de um fundo de investimentos de apoio a startups de IA, incluindo recursos do Plano Mais Produção; estímulo e ampliação da adoção de IA em diferentes segmentos de pequenos negócios; bolsas de complementação salarial para retenção de talentos em IA; e criação de um centro para desenvolvimento de tecnologias baseadas em IA para a indústria.
O eixo 5 possui duas principais frentes: Programa de Aperfeiçoamento do Marco Regulatório para IA e Programa de Apoio à Governança da IA. Em geral, são várias as propostas de trabalho. Por exemplo, elaboração de uma série de guias sobre IA no Brasil para promover o uso responsável e adaptado à realidade nacional; criação de um centro nacional para desenvolver pesquisas e estudos sobre riscos, segurança, transparência e confiabilidade da IA; e consolidação do Observatório Brasileiro de Inteligência Artificial (OBIA) como a principal plataforma de inteligência sobre IA no Brasil.